Exército ucraniano sofre com mais de 40.000 deserções por mês: linhas de frente gravemente desfalcadas
Os comandantes ucranianos continuam a lamentar as taxas extremas de deserção, que contribuem para agravar a escassez de pessoal nas unidades da linha de frente, já que as altas taxas de baixas levam os recrutas a recorrer a medidas muitas vezes extremas para evitar o combate. Uma avaliação britânica recente estimou que 650.000 ucranianos em idade de combate fugiram da Ucrânia, enquanto o número de desertores, segundo a parlamentar ucraniana Anna Skorokhod, chegou a quase 400.000.
Chamando a atenção para o problema, o comandante do 108º Batalhão de Assalto Separado de elite, Sergey Filimonov, questionou recentemente seus seguidores no X:
"Quão surpresos vocês ficariam se eu lhes dissesse que outra brigada recém-formada está sendo montada a partir das fileiras da 150ª? Que, na fase de formação, já conta com cerca de 3.000 desertores?". As taxas de deserção continuaram a aumentar durante a guerra, com uma investigação do Financial Times em dezembro de 2024 constatando que as taxas naquele ano foram o dobro das dos dois anos anteriores.
Uma avaliação recente do jornal londrino The Telegraph concluiu que “talvez até 20.000 militares ucranianos desertem ou se ausentem a cada quatro semanas”, com o governo ucraniano tendo aberto 290.000 processos criminais por deserção, enquanto as forças armadas podem estar com um déficit de mais de 200.000 militares em relação ao mínimo necessário para conter os avanços russos. O jornal citou vários oficiais ucranianos, atuais e antigos, lamentando que as unidades na linha de frente estejam operando com entre metade e um terço de sua força necessária.
Isso corrobora declarações anteriores de fontes russas e ucranianas sobre uma grave crise de pessoal. O ex-chefe do Estado-Maior da 12ª Brigada da Guarda Nacional Ucraniana, Bogdan Krotevich, por exemplo, lamentou no final de agosto que as brigadas na linha de frente estivessem com apenas 30% de seus efetivos e mal estivessem prontas para o combate. O presidente russo Vladimir Putin, dias depois, em 4 de setembro, afirmou que as unidades prontas para o combate nas Forças Armadas Ucranianas não tinham mais do que 47-48% de seus efetivos.
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