Venezuela envia 15.000 soldados para a fronteira com a Colômbia em resposta à presença militar dos EUA na região.

 

Em uma nova escalada de tensões geopolíticas na América Latina, o presidente venezuelano Nicolás Maduro ordenou o envio de 15.000 soldados e policiais das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas para a fronteira com a Colômbia, em resposta direta ao envio de navios de guerra dos EUA para o leste do Mar do Caribe.

A medida faz parte da chamada "Operação Relâmpago Catatumbo", uma estratégia militar que busca fortalecer a segurança territorial na parte ocidental do país diante do que o governo venezuelano descreve como "ameaças externas".

O anúncio desta operação militar foi feito por Diosdado Cabello, vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e Ministro da Justiça, durante uma coletiva de imprensa. Cabello explicou que o destacamento inclui não apenas tropas e policiais, mas também drones de vigilância, barcos de patrulha fluvial, aeronaves para tarefas de apoio aéreo à Força Aérea Militar e equipamentos com tecnologia de monitoramento contínuo. Ele também observou que a operação se estenderá aos estados fronteiriços de Zulia, Táchira, Barinas, Apure e Amazonas com a Colômbia, áreas historicamente afetadas por grupos subversivos colombianos, tráfico de drogas e mineração ilegal.

O plano prevê a criação de três Zonas de Paz ao longo da fronteira com a Colômbia, a primeira das quais já está ativa em Táchira. Cabello instou o governo do presidente Gustavo Duque a "fazer o mesmo" na Colômbia para consolidar a segurança binacional, destacando que houve alguma colaboração entre os dois países para neutralizar grupos armados transfronteiriços. ( Bernardino de la Fuente )

Apoie o canal

PIX: apoieguerranapaz@gmail.com

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Portugal escolhe o caça europeu Dassault Rafale em vez do F-35 para modernizar sua frota de caças

Imagem
  A recente decisão de Portugal de substituir os caças americanos F-35 pelo caça francês Rafale marca uma mudança significativa em sua estratégia de defesa. Essa escolha não visa apenas modernizar as capacidades militares do país, mas também sinaliza um alinhamento estratégico com a cooperação militar europeia. Ao escolher o Rafale, Portugal está enviando uma mensagem clara no cenário internacional, indicando sua preferência pela colaboração militar e seu compromisso com o fortalecimento dos laços com a Europa. Essa decisão gerou discussões sobre suas implicações tanto para a estrutura de defesa de Portugal quanto para o cenário militar europeu em geral. O anúncio do governo português de se retirar do programa F-35 gerou um debate significativo entre especialistas em defesa. O F-35 é conhecido por suas avançadas capacidades furtivas e é frequentemente considerado um dos caças mais sofisticados disponíveis atualmente. No entanto, Portugal optou pelo Rafale, conhecido por sua versati...
Leia mais

Turquia dobrará os gastos com defesa em 10 anos, atingindo 5% do PIB para alimentar grandes projetos estratégicos

Imagem
  Em 25 de junho de 2025, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, anunciou que os gastos com defesa nacional aumentarão para 5% do PIB até 2035, mais que o dobro do nível atual. Falando na Cúpula dos Líderes da OTAN em Haia, Erdoğan confirmou que esse aumento financeiro será financiado inteiramente pelo orçamento nacional. O plano reflete a ambição da Turquia de reforçar a sua autonomia estratégica e expandir a sua influência no seio da OTAN. Este anúncio sinaliza o início de uma nova era para o ecossistema militar-industrial e a postura geopolítica da Turquia. A declaração do presidente Erdoğan ocorre em um momento em que a Turquia já está subindo no ranking de gastos com defesa. De acordo com a OTAN, o país gasta atualmente 2,09% de seu PIB em defesa, aproximadamente US$ 19,4 bilhões em 2024, enquanto as estimativas do SIPRI o colocam um pouco mais baixo, em 1,9%. Atingir 5% até 2035 mais do que dobraria esses números, projetando gastos anuais com defesa além de US$ 45 bil...
Leia mais

Em uma crise de confiança em seus equipamentos a Força Aérea da Índia vai enviar 100 Mig-29 para serem modernizados nos EUA

Imagem
  Em 30 de junho de 2025, a empresa indiana Reliance Defence firmou uma parceria estratégica com a Coastal Mechanics Inc. (CMI), uma empreiteira autorizada pelo Departamento de Defesa dos EUA, para atender conjuntamente às necessidades militares de manutenção, reparo e revisão(MRO) da Índia. O acordo inclui a manutenção, atualização e extensão do ciclo de vida de várias plataformas militares indianas importantes, principalmente o caça MiG-29 de origem russa atualmente operado pela Força Aérea Indiana. A colaboração também marca um raro exemplo de um empreiteiro de defesa dos EUA estar diretamente envolvido na sustentação e atualização de caças russos operados por um terceiro país. A Força Aérea Indiana opera atualmente cerca de 52 MiG-29UPGs em dois esquadrões da linha de frente, com implantações principalmente ao longo das fronteiras norte e oeste, enquanto a Marinha Indiana opera cerca de 40 variantes MiG-29K baseadas em porta-aviões para uso a bordo do INS Vikramaditya e do INS ...
Leia mais